(*) Lauro Souza
Tem criança que não tem pai e não tem mãe! Isso mesmo. Às vezes parece que elas nasceram de uma nuvem e foram trazidas pelo bico de uma cegonha, ou foram lançadas de pára-quedas por um anjo que estava cansado de carregar um saco cheio de crianças que Deus mandou distribuir “por aí”, pelo triste fato de ter muitas ao seu redor. Absurdo, não é? Pois bem, é muito triste ver o abandono de alguns pais antes mesmo da criança nascer e depois o abandono de suas mães, pois as crianças que estão “por aí”, em orfanatos, casas de acolhimento, marquises, na rua..., não foram abandonadas apenas por suas mães como normalmente falamos: “_ Como pode, uma mãe abandonou seu filho?!”, essa frase soa muito machista, não é verdade? Claro que sim, quando uma criança fica “por aí” é porque antes de ser abandonada por sua mãe, ela foi abandonada por seu pai.
Não estou com isso querendo justificar o abandono das mães, só estou ampliando o conceito de responsabilidade que todos nós temos que ter para cuidar daqueles que nascem não de uma nuvem e chegam às casas através do bico de uma cegonha, e nem muito menos, foram despejadas do céu porque Deus não queria mais ouvir o som do choro da fome e nem de seus risos encantados. Pois, as crianças normalmente nascem porque duas pessoas se relacionam por amor ou pelo orgasmo, mas independente da razão do desencanto do outro depois do prazer, só sei que uma criança nasceu porque alguém fez por onde, também sei, que como as cegonhas, as crianças são presentes de Deus para nossas vidas. Portanto, seja mãe presente, pai presente, ainda que no dia 12 de outubro não possam comprar aquele presente, já que todo dia é Dia das Crianças.
Me queiram
- Papai, me queira
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Lauro Souza – ser humano, poeta, feirante, estudante de história e conselheiro tutelar
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