O Conselho de Ética da Câmara se reunirá na próxima quarta-feira (9) para instaurar representação contra o deputado federal baiano João Carlos Bacelar (PR), acusado de nepotismo cruzado e utilização irregular de secretariado parlamentar. Na reunião, será sorteado o relator da ação, que fará um relatório no qual poderá defender a abertura do processo disciplinar ou o arquivamento do caso. Se o processo for aprovado, Bacelar pode sofrer sanções como uma simples censura ou até mesmo a perda do mandato.
Uma sindicância preliminar na Corregedoria da Casa já apontou indícios “de que o parlamentar agiu em desacordo com as normas de decoro”, segundo relatório do corregedor-geral Eduardo da Fonte (PP-PE). O documento considera ainda que Bacelar recusou-se a prestar efetivos esclarecimentos sobre a prática de nepotismo cruzado e silenciou-se sobre o emprego, de forma irregular, de pessoas em seu gabinete. Uma reportagem da revista Veja revelou que o parlamentar baiano nomeou para seu gabinete a mãe e a irmã do deputado estadual Nelson Souza Leal. Em troca, Leal teria empregado a mãe e um tio de Bacelar na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Em sua defesa, o republicano disse que só tomou conhecimento do emprego de parentes de Souza Leal após publicação da denúncia. Informações do jornal O Globo.
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